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Foto: Juliano Lima

Juliano Lima

Juliano Lima está na Fiocruz há 5 anos, trabalhou na Diplan e assumiu em junho deste ano a direção da Direh. Nesta entrevista ele fala sobre as principais metas e desafios de sua gestão.

Há quanto tempo está na Fiocruz?
Há pouco mais de quatro anos. Vim para a Fiocruz no final de 2004 para assumir a coordenação de programação e monitoramento da Diplan.

Qual a sua formação acadêmica?
Sou graduado em Enfermagem e Obstetrícia, fiz especialização, mestrado e doutorado em saúde pública. Este último, concluído em outubro do ano passado, aqui na Fiocruz.

Quais experiências mais significativas na Fiocruz, você pode destacar?
Participei de inúmeras iniciativas importantes na Fundação. Destaco a contribuição para a implantação do sistema de planejamento da Fiocruz, com a constituição do Fórum de Planejamento e a implantação do Sistema Integrado de Informações Gerenciais (SIIG). Ressalto, também, a constituição da coordenação de programação e monitoramento, que possibilitou a sistematização e análise oportuna de uma série de informações, além de colaborar na elaboração do Plano Quadrienal 2005-2008. Participei na organização de dois Coletivos de Dirigentes para debater temas importantes da gestão da Fiocruz, entre elas a avaliação do plano quadrienal, e participei também na relatoria do último Congresso Interno. São algumas experiências que realmente destaco.

A seu ver qual o principal desafio da gestão na Fiocruz?
É difícil falar no principal desafio. Temos vários. De uma maneira geral eu destacaria o desafio de ampliarmos a capacidade de produzir respostas concretas aos problemas de saúde da população. A perspectiva de Agência Estratégica de Estado, colocada durante a campanha presidencial da Fiocruz, nos impõe este desafio. Isto exige grande capacidade de planejamento estratégico, com foco nos problemas prioritários do sistema de saúde, e uma grande capacidade de integração e articulação interna, o que é muito difícil em uma organização como a nossa, de perfil acadêmico e onde as unidades têm grande autonomia. Junto com isto, está a necessidade de sermos capazes de avaliar os reais impactos de nossas ações no sistema de saúde e na situação de saúde da população.

Qual a expectativa de assumir a Diretoria de Recursos Humanos da Fiocruz?
Reconheço o grande desafio que é gerenciar a área de Recursos Humanos de uma instituição com aproximadamente 10 mil trabalhadores, que movimenta em torno de 2 bilhões de reais por ano e que de um tempo pra cá ganhou uma imensa projeção nacional e internacional. Mas tenho grandes expectativas. A Direh tem que estar à altura da missão da Fiocruz. O contato que tenho tido até o momento com os trabalhadores da Direh tem me estimulado neste sentido. Nos últimos anos, a Fiocruz teve importantes avanços nesta área. A criação do Plano de Carreiras próprio e o concurso público, que trouxe 1.500 novos servidores, são alguns exemplos. No entanto, precisamos avançar no que diz respeito ao planejamento e ao desenvolvimento de pessoal. Neste sentido, minha principal expectativa é poder integrar a política de gestão do trabalho ao plano estratégico da Fiocruz, fazendo com que a gestão do trabalho esteja alinhada com as demandas institucionais ao mesmo tempo em que promova o reconhecimento e a valorização dos trabalhadores. Temos alguns exemplos desta necessidade: a Fiocruz está em um processo de nacionalização e internacionalização. Nos próximos anos serão mais quatro novas unidades (Mato Grosso, Piauí, Ceará e Rondônia), acabamos de inaugurar um Escritório na África. Em pouco tempo teremos a conclusão de grandes empreendimentos que mudam de maneira significativa os rumos da instituição, como são o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico (CIPBR), o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), e o Núcleo Federal de Ensino. A Fiocruz é cada vez mais chamada para dar respostas a questões vinculadas ao desenvolvimento. A pergunta que se coloca é: e a política de gestão do trabalho para fazer operar todas estas mudanças? É este o desafio que mais me estimula.

Qual sua principal meta nesta gestão?
Creio que temos condições para que, no futuro, sejamos referência para outras organizações públicas nesta área. É difícil falar em uma principal meta. Estamos no momento em meio a um processo de construção coletiva de um plano estratégico para a Direh, que será posteriormente apresentado à Presidência e à comunidade. Mas as discussões já apontam para algumas metas importantes, como por exemplo, elaborar um plano estratégico de recursos humanos, alinhado ao Plano Quadrienal da Fiocruz, implantar o sistema de gestão da qualidade (certificar a Direh na ISO 9000), instituir um programa estratégico de qualificação dos trabalhadores, atuar na regulação dos contratos de terceirização, implantar uma metodologia inovadora de avaliação de desempenho do trabalhador, alcançar a excelência no atendimento aos trabalhadores da Fiocruz e ampliar a capacidade de resposta aos problemas de saúde do trabalhador.

O que representa a Fiocruz para você?
Representa a possibilidade de participar de um projeto solidário e democrático de mudança das condições de saúde da população brasileira.

Entrevista publicada em 16.06.2009 - Foto: Comunicação/Ensp

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