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Foto: Denise Oliveira

Denise Oliveira

A doutora em ciências da saúde, Denise Oliveira, atua há 25 anos na Fiocruz. Já trabalhou na Ensp e hoje coordena o Grupo de Pesquisa em Alimentação, Saúde e Cultura, da Direb (Fiocruz Brasília), entre outras atividades. Nessa entrevista, Denise destaca como meta a criação de um observatório de hábitos alimentares em parceria com instituições nacionais e internacionais.

Qual a sua formação?
Nutricionista. Sou mestre em ciências da alimentação e nutrição pela Universidade de Gand, na Bélgica; mestre em ciências da saúde pública pela Fiocruz e doutora em ciências da saúde pela UnB.

Está há quanto tempo na Fiocruz? Já atuou em outras unidades?
Entrei em 1984 como estágiária de nutrição do Centro de Saúde Escola, da Ensp. Em 1986, prestei concurso no Centro para a vaga de nutricionista e fui aprovada. Trabalhei lá até 1995 e fui para Brasília acompanhando meu marido. Na capital, ocupei cargos de confiança no extinto Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, Ministério da Saúde e Casa Civil da Presidência da República.

Quais os desafios em coordenar a área de pesquisa na Direb?
Deixei a coordenação este mês. Mas o grande desafio era construir esta atividade em uma unidade que ainda não foi considerada como unidade técnico-científica. Temos expertise técnica, competência e financiamento, mas a presidência da Fiocruz expressa dificuldades em nosso reconhecimento.

Qual o papel da Fiocruz na promoção de políticas de segurança alimentar e nutricional no País?

Somos uma das instituições que liderou esta discussão. Temos formado profissionais de saúde, alunos de graduação desde 1987 em sistemas de vigilância alimentar e nutricional. Atualmente, formamos toda a estrutura para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) em áreas indígenas. Sou referência, como pesquisadora da Fiocruz, em fóruns nacionais e internacionais. Portanto, a lei de SAN que vigora no país foi construída com apoio da Fiocruz, por meio de quatro pesquisadoras: Denise Oliveira e Silva, Denise Cavalvante Barros; Rosana Magalhães e Esther Zaborowiscki. Infelizmente, encontramos barreiras de reconhecimento na Fiocruz sobre este trabalho.

Fale sobre sua atuação como revisora do periódico Cadernos de Saúde Pública, da Ensp.
Tenho recebido artigos nos campos da metodologia qualitativa e da alimentação e nutrição. Tento oferecer contribuição para melhorar a qualidade do Caderno de Saúde Pública.

Quais acontecimentos você destaca em seu trabalho?

Tenho muito orgulho de ser da Fiocruz. Foi meu primeiro emprego e onde eu construí minha carreira. Tenho um dever de gratidão e esperança que, pessoas como eu, tenham chances parecidas e contribuam para o país. Desde 1984, coleciono mais alegrias do que tristezas. Quando vivo situações inadequadas, trabalho comigo o ideário de que a ciência é para servir o próximo.

Destaco três acontecimentos: sou coordenadora de um curso de pós-graduação desde 1987, que nunca sofreu interrupção; participei do primeiro grupo de pesquisadores negros da Fiocruz, coordenado pelo saudoso professor Sebastião Oliveira; criei a semente das atividades de ensino na Fiocruz/Brasília, que contou com o apoio da professora Elizabete Moreira e do ex-presidente Paulo Buss.

Quais suas metas na Instituição?
Fortalecer a expertise em alimentação, nutrição e cultura. Criar um observatório de hábitos alimentares em parcerias com instituições nacionais e internacionais.

Tem trabalhos científicos publicados?
Sim. No campo da etnia e SAN; políticas públicas e alimentação e cultura.

O que é a Fiocruz para você?
O lugar onde cresço e amadureço como um ser humano plural e comprometido com a humanidade.
Entrevista publicada em 16.02.2009 - Foto: Arquivo pessoal

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