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Foto: Umberto Trigueiros

Umberto Trigueiros

O jornalista Umberto Trigueiros, vice-diretor de Informação e Comunicação do Icict, tem uma extensa trajetória profissional na Fundação. Nessa entrevista, o editor do selo Fiocruz Vídeo lembra como foi importante trabalhar com Sérgio Arouca, da luta pela reforma sanitária e pela construção do SUS.

Qual a sua formação?
Estudei ciências sociais e também literatura, mas sou jornalista profissional há mais de 40 anos e esta é a profissão da minha vida, com a qual me identifico plenamente.

Está há quanto tempo na Fiocruz? Já atuou em outros departamentos do Icict ou de outras unidades?
Tenho quase 22 anos de Fiocruz. Estive lotado na Ensp, na Comunicação Social da Presidência, que tive a honra de chefiar por quatro anos, e no Icict coordenei a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. Agora, desempenho a Vice-Diretoria de Informação e Comunicação da Unidade. Exerci também os cargos de assessor de imprensa do Ministério da Saúde e de assessor-chefe de Comunicação Social da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.

Quais atividades desenvolve na Fundação?
Atualmente, como vice-diretor de Informação e Comunicação do Icict, coordeno os programas dessas áreas na unidade, como bibliotecas, Biblioteca Virtual em Saúde, Portal Fiocruz, VideoSaúde Distribuidora, Serviço de Desenvolvimento de Sistemas, Serviço de Programação Visual (Multimeios). Além disso, exerço a função de editor executivo do selo audiovisual Fiocruz Vídeo; sou membro do seu Conselho Curador e represento o Icict na Câmara Técnica de Informação, Comunicação e Informática.

Como é ser vice-diretor de Informação e Comunicação do Icict?
Tem sido um enorme desafio para mim que sou um profissional da área de comunicação. O Icict é uma unidade relativamente nova, com um campo enorme para a criação e inovação. Há muito por fazer, mas estamos avançando rapidamente. Temos equipes que combinam bem a experiência de servidores mais antigos, com gente jovem, com muita energia e capacidade, aberta ao aprendizado e à mudança.

Qual o maior desafio em seu trabalho?
São vários os desafios. O primeiro é dar conta de todo esse trabalho e responsabilidade, muito embora, seja muito gratificante lidar com todas essas equipes, aprender com todos, com os erros e dificuldades, sentir orgulho de cada pequena conquista no avanço dos programas. Temos também o desafio de trabalhar na fronteira da tecnologia e da ciência da informação, sempre abertos ao novo, ao desenvolvimento. Pensando que nesse território não há verdades absolutas, a tecnologia mais moderna de hoje, amanhã estará sendo superada. Mas acho que o maior de todos os desafios é lidar com as pessoas, são as relações humanas e profissionais, reconhecer as capacidades, estimular o trabalho, o crescimento, a harmonia, a articulação, sem perder de vista nosso objetivo maior, que é servir à saúde pública e ao nosso povo.
 
Você é o editor do Fiocruz Vídeo. Quais são os objetivos do selo? Como funciona a produção e a distribuição?
O selo Fiocruz Vídeo foi criado em 2006, a partir das experiências exitosas da VideoSaúde Distribuidora e da Editora Fiocruz que gozam de grande credibilidade entre os produtores de vídeo e do mercado editorial. O principal objetivo do Fiocruz Vídeo é ampliar o espaço de difusão da informação sobre saúde, usando o fantástico instrumento de comunicação que é o audiovisual. O Fiocruz Vídeo seleciona produções de qualidade do acervo reunido pela VideoSaúde Distribuidora e também captando novos títulos para comercializá-los a baixo custo em feiras, congressos, universidades, livrarias, bancas de jornais e também por venda direta através da Editora Fiocruz.

Como foi lançar, pela primeira vez na história do Fiocruz Vídeo, um edital para produção de audiovisuais em saúde?
O concurso público, realizado no primeiro semestre de 2008, foi um sucesso, com 155 projetos concorrentes, vindos de todas as regiões do país. Foram selecionados sete projetos para a carteira de financiamento que contou com um recurso de 500 mil reais, sendo um vídeo de média metragem de ficção, um média-metragem documentário, dois documentários de curta-metragem e três de animação. Os projetos estão em execução. Um deles já foi finalizado e entregue, e outros dois estão sendo finalizados agora em dezembro. O Fiocruz Vídeo conta com uma editoria executiva e tem um Conselho Curador presidido pela vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação e composto por dez membros, sendo seis da Fiocruz e quatro externos.

Destaca alguma experiência significativa em sua carreira na Fiocruz?
Trabalhar na Fiocruz, para mim, tem sido uma experiência significativa quase que constantemente. Mas vou destacar alguns momentos muito relevantes, como foi trabalhar diretamente com Sérgio Arouca, uma figura humana extraordinária, um homem que pensava grande, comprometido com as grandes causas do povo brasileiro e que revitalizou a Fundação para esses novos tempos. Junto a ele e a muitos outros companheiros da Fiocruz e do campo democrático, pude participar ativamente da luta pela Constituinte, pela reforma sanitária e pela construção do SUS. (...) Mas o principal aqui na Fundação, para mim, é o espírito de colaboração, o compromisso das equipes, a disposição de sempre fazer mais e melhor que paira no ar.

O que representa a Fiocruz para você?
A Fiocruz é para mim uma conquista do povo brasileiro. Um esforço incrível de um povo sofrido, determinado e criativo que consegue construir com dinheiro público uma instituição de ponta em ciência e tecnologia e inovação em saúde inteiramente voltada para o bem-estar da sociedade, para o progresso e desenvolvimento do Brasil. Sinto-me aqui, neste pedacinho de Manguinhos, ajudando de alguma maneira a construir um projeto de Nação. Sinto-me bem, sinto-me digno.
  Entrevista publicada em 23.12.2008 - Foto: Comunicação/Icict

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