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O que há de mais importante na Fiocruz Adicionar o RSS

Foto: Sonia de Oliveira

Sonia de Oliveira

Ainda no Colégio Pedro II, Sonia de Oliveira sonhava em atuar na Fiocruz. O sonho tornou-se realidade ao iniciar o curso técnico em biologia parasitária na instituição. De lá para cá, já são 24 anos de Fiocruz. Hoje atua no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).

Há quanto tempo está na Fiocruz?
Há exatamente 24 anos. Três anos, como aluna e estagiária, e 21 anos, como servidora.

Qual a sua formação?
Sou bióloga formada pela Universidade Gama Filho, especialista em bacteriologia pela UFRJ e em saúde pública pela Ensp.

O que faz no Departamento de Biodiversidade do ILMD?
Atuo na área de parasitologia, em trabalhos com diagnóstico molecular de malária em pacientes assintomáticos. Trabalho também com diagnósticos das parasitoses intestinais de algumas comunidades de Rio Pardo e da Reserva de Mamirauá. Já desenvolvemos trabalhos de pesquisa clínica com os militares do CIGS. Monitorávamos a saúde do militar do início ao fim do curso de guerra na selva, com realizações de exames.

Já atuou em outros departamentos?
Sim. Comecei a minha carreira no Departamento de Ciências Biológicas (DCB/Ensp) e depois fui para o laboratório do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/Ensp).

Qual linha de pesquisa desenvolve?

Estou iniciando uma colaboração na pesquisa de moluscos de interesse médico com os pesquisadores do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz). Está em andamento a pesquisa de parasitos intestinais do Projeto de Mamirauá, do qual sou responsável pela área parasitológica. Coordeno a Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente na região Norte.

Quais são os desafios no trabalho na Fundação?
Contribuir para que a Fiocruz/Manaus seja conhecida e reconhecida aqui na região, por meio de nosso trabalho, principalmente no estado do Amazonas. Que sejamos referências na área de saúde pública. A questão geográfica é um dos maiores desafios. Apesar de toda a tecnologia, temos, a cada momento, de vencer obstáculos em função da distância. Há falta de pessoal qualificado para atuar na pesquisa, e isso piora quando necessitamos de técnicos de níveis intermediários.

Mais algum desafio no dia a dia?
Mostrar a todo instante aos colegas que estão ingressando na instituição que esta casa prima pela democracia. Alguns são oriundos de setores privados do distrito industrial e ainda não incorporaram a política da Fiocruz. Também procuro demonstrar aos meus superiores que, apesar da idade, ainda tenho muito a contribuir. (...) Sinto-me muito bem para enfrentar qualquer desafio nessa área. (...) Se não houver pessoas mais experientes, como os jovens irão aprender? A vida é um eterno aprendizado. Quando mais jovem, aprendia o que queria, hoje aprendo tudo o que está a minha volta, porque os anos me ensinaram a valorizar isso. Não perco mais tempo.

Quais suas metas na Fiocruz?
Capacitar-me para melhoria das atividades que desenvolvo. O meu grande desafio é dominar uma língua estrangeira. Fazer o concurso para obter a ascensão profissional.
Articular com os demais estados da região Norte, para que, por meio da educação, possamos ajudar a ter um meio ambiente ideal para todos. Divulgar mais a Olimpíada.
Realizar projetos de pesquisa na área de helmintologia/malacologia. Não há relatos de trabalhos realizados por nenhuma instituição local.
Fazer mestrado e doutorado, e, quem sabe, ir para Fiocruz de Angola ou Moçambique?
 
Tem trabalhos publicados?
Sim, como segunda autora. Avaliação da biodiversidade aquática da comunidade rural de Rio Pardo/Presidente Figueiredo - Amazonas (2008); Avaliação da viabilidade técnica e epidemiológica da utilização do diagnóstico molecular da malária no SUS para o município de Manaus/AM. (2003); Diagnóstico molecular da malária (PCR) em área indígena Yanomami (2003).

O que representa a Fiocruz para você?
A realização de um sonho. Quando cursava o ensino médio no colégio Pedro II (São Cristóvão), ouvi falar da Fiocruz e, como pensava trabalhar na área da saúde, resolvi obter informações de como poderia entrar para a instituição. Fiquei durante um ano indo até a Fiocruz na hora do meu almoço, até que um dia as inscrições para o curso de técnico em biologia parasitária estavam sendo realizadas. Inscrevi-me, fui selecionada, concluí o curso, fiz estágios e faculdade. Fui contratada temporariamente e depois por tempo indeterminado.
Tem uma frase que me identifico muito: "Orgulho de ser Fiocruz". Tive os melhores pesquisadores como professores na minha profissão e na vida. Os meus amigos, em sua grande maioria, são da Fiocruz. A minha paixão, conheci na Fiocruz. Enfim, a minha vida toda tem sido aqui. Entrevista publicada em 28.10.2008 - Foto: Arquivo pessoal

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