Dr. Juan Llerena entrou para Fiocruz em 1978 como estagiário. Ele atua como médico-pesquisador desde 1989, no Instituto Fernandes Figueira.
Qual sua formação?
Médico (Clínico Geral), com Residência em Clínica Geral (UERJ), e Mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (UFRJ).
Há quanto tempo trabalha na Fundação?
Como estagiário desde 1978. Como médico-pesquisador desde 1989.
Qual a área em que trabalha?
Trabalho em uma especilidade médica que trata de indivíduos e famílias com doenças genéticas.
Já viveu situações difíceis no exercício da sua profissão?
Na verdade as situações vivenciadas são demonstrações do enorme universo do ser humano, especialmente o adoecer. No ambiente hospitalar por sí só ocorrem situações muito próprias da profissão e a raridade das doenças genéticas são também por sí só bastante peculiares, caso eu possa me referir a elas dessa maneira. Cada caso clínico, cada árvore genealógica, cada desfiguração, cada bebê malformado, é um peculiar que tentará vivenciar o seu normal perante nós que nos consideramos normais e isentos de risco. É um alerta permanente. É um contínuo sinal sentinela.
Qual a importância da sua Unidade - IFF - para a saúde da mulher e da criança no país?
Tem sua importância de acordo com a dimensão que podemos dar a ela. As idiossincrasias do Rio de Janeiro já são suficientemente exemplares para que eu me atenha a fazer um bom trabalho local. No final do dia é o que interessa. Caso possamos transpor outras fronteiras significa que estamos sendo reconhecidos pelo bom dever de casa cumprido.
O que é a Fiocruz para você?
Na verdade existem muitas FIOCRUZES dentro da FIOCRUZ. Em nosso ambiente hospitalar e no universo de famílias que convivo existem normas, razões e ponderações diferentes do âmbito geral da FIOCRUZ. Não somente na FIOCRUZ, como da comunidade em geral no Rio de Janeiro. São exceções à regra, famílias colocadas pelo acaso em situações adversas pelo tipo de doença que as afligem. A chancela da FIOCRUZ traz um respeito incondicional, a priori, devido à seriedade e competência dos seus profissionais. Para as famílias que nos procuram torna-se um porto seguro para situações médicas pouco conhecidas dando uma segurança no manejo e tratamento para as doenças genéticas e suas aflições.
Entrevista publicada em 12.05.2008 - Foto: Peter Ilicciev
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