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Foto: Alda Lima Falcão

Alda Lima Falcão

Desde 1974 na Fiocruz, Alda Lima Falcão trabalha no Centro de Pesquisas René Rachou, em Belo Horizonte, unidade da Fiocruz que gera conhecimento científico e tecnológico em saúde, apoia estrategicamente o SUS, através de atividades integradas de pesquisa, formação de recursos humanos e prestação de serviços. Nesse cenário ela atua na área de Sistemática de Flebotomíneos.

Qual sua formação?

Sou formada em contabilidade, mas desde 1939 atuo na área de Entomologia Médica. Em 1958, fiz o curso de especialização em Entomologia Médica na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Durante  meses e de forma integral tivemos aulas com os maiores especialistas dos diferentes grupos de insetos.

Há quanto tempo está na Fiocruz?

Desde 1939 trabalho em instituições ligadas à área da saúde. Primeiramente no Serviço de Malária do Nordeste, depois no Serviço Nacional de Malária, e posteriormente no Instituto Nacional  de Endemias Rurais, que a partir de 1974 passou a fazer parte da Fiocruz.

Em que área atua?

Atuo na área de Sistemática de Flebotomíneos e sou a curadora da Coleção de Flebotomíneos do Laboratório de Leishmanioses do Centro de Pesquisas René Rachou, que é parte integrante do Centro de Referência Nacional e Internacional para Flebotomíneos (credenciado pela Fiocruz em 2003) e do qual sou a responsável desde sua criação.(Os flebotomíneos são os mosquitos que transmitem, entre outras doenças, a Leishmaniose)

Que pesquisas desenvolve o laboratório em que atua?

O Laboratório de Leishmanioses desenvolve diferentes linhas de pesquisas que podem ser sintetizadas como:

- Biologia, taxonomia clássica e molecular de flebotomíneos; 

- Epidemiologia das leishmanioses;

- Diagnóstico das leishmanioses;

- Caracterização molecular de amostras de Leishmania.

Qual a importância do CPqRR no contexto da saúde pública e de Minas Gerais?

O CPqRR tem se destacado ao longo dos anos como um instituto altamente produtivo e  tem dado importantes contribuições no cenário da saúde, não só em Minas Gerais, mas com impacto nacional e internacional. São inúmeros pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação que desenvolvem pesquisas sobre várias doenças de interesse para a saúde pública, tais como leishmanioses, malária, doença de chagas, esquistossomose, etc. Os projetos são direcionados tanto para as áreas básicas da pesquisa passando pelo desenvolvimento tecnológico (desenvolvimento de testes diagnósticos mais específicos e baratos) até o atendimento feito pelos serviços de referência. Cabe ressaltar também a formação de recursos humanos através de treinamentos a estagiários e servidores da saúde de outras instituições  e dos cursos de pós-graduação nos níveis de mestrado e doutorado.

O que representa a Fiocruz para a sua vida?

Falar da Fiocruz é lembrar de uma vida de conquistas profissionais e pessoais. Aqui foi possível descobrir minha paixão pela ciência, especialmente pelos flebótomos, contribuir para a formação de profissionais capazes e dedicados e criar vínculos com pessoas de alto nível cultural, dando início a grandes e duradouras amizades.   

Cite algum episódio peculiar nesses anos de Fundação.

Um fato peculiar que gerou toda uma vida de dedicação foi ter tido a confirmação do Doutor Mauro Pereira Barretto de uma espécie nova de flebótomo - Lutzomyia renei. Mais tarde, devido a este acontecimento, o professor Amílcar Vianna Martins concordou em iniciar os estudos dos flebotomíneos proporcionando-me imensa alegria que perdura até hoje.

Entrevista publicada em 09.10.2007 - Foto: Comunicação/CPqRR

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