Sou formada em Química, com mestrado em Bioquímica, ambos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Há muito anos na Fiocruz?

Completei dez anos em dezembro de 2006.

Em qual área?

Na Divisão de Purificação de Polissacarídeos do Departamento de Produção de Vacinas Bacterianas/ Bio-Manguinhos.

Está envolvida em que pesquisas e atividades?

Trabalho na área de produção de imunobiológicos, especificamente na purificação de PRRP (polissacarídeo capsular do Haemophilus influenzae tipo b - Hib) para obtenção da vacina conjugada contra Hib e na implementação de um novo processo de purificação de polissacarídeos meningocócicos para a vacina contra Meningite A e C.

Você desenvolveu um método para otimizar as rotinas do seu laboratório, o que lhe rendeu o Prêmio Profissional do ano 2006. Pode explicar do que se trata?

Na verdade, estamos na fase de implementação de uma nova metodologia de purificação dos polissacarídeos meningocócicos, para purificar cultivos em escala de 1.000 litros. Mas se ao final obtivermos bons resultados, o novo processo aumentará a produtividade e não utilizará substâncias tóxicas, como o fenol, usado no processo tradicional. Muita gente está envolvida neste trabalho!

O que é a Fiocruz para você?

O lugar onde eu me orgulho de trabalhar por poder contribuir para melhorar os padrões de saúde pública do nosso país.

A importância de Bio-Manguinhos para saúde brasileira é ímpar.

Com certeza. Contribui grandemente com  pesquisa, produção de medicamentos e vacinas para a melhoria da saúde pública. Afinal de contas não fomos considerados a melhor instituição de saúde do mundo? 

O que almeja para melhoria da saúde pública?

Tanta coisa! Apesar de, em casos pontuais, podermos nos comparar a países de primeiro mundo, nos deparamos com os problemas gravíssimos nos hospitais públicos, na distribuição de medicamentos nos postos de saúde etc.