O Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz - CPqGM desenvolve ações na área biomédica, de ensino, de serviço de referência em saúde, em informação em saúde e formação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde. São dez laboratórios de pesquisa, entre eles o Laboratório de Pesquisa Experimental (LAPEX), que investiga aspectos ligados à patogenia da fibrose hepática nas principais doenças endêmicas brasileiras, com utilização dos recursos da patologia experimental, do qual o médico Zilton de Araújo Andrade é o coordenador.
Qual a sua formação?
Médico com doutorado em Medicina, em Ribeirão Preto, São Paulo, e especialização em Patologia em Tulane University, New Orleans, LA /EUA.
Há quanto tempo está na Fiocruz.?
Desde a inauguração do CPqGM, em 1984.
Antes desse período onde atuava?
Fui professor da Universidade Federal da Bahia - UFBA em tempo integral durante 30 anos, e me aposentei por tempo de serviço. Foi lá também onde criamos o curso de Pós-graduação em Patologia Humana, o qual foi trazido para o CPqGM através de um convênio com a UFBA. Foi deste Curso de Mestrado (e logo depois Doutorado) que saíram grandes profissionais que hoje estão fazendo parte do quadro da Fiocruz.
O que é a Fiocruz para sua vida?
A Fiocruz teve grande importância na minha vida, pois possibilitou maiores facilidades e estímulo para que eu fizesse pesquisa experimental, que até então era feita com grandes esforços e em pequena escala.
Relate-nos alguma história peculiar que tenha vivido nesses anos de experiência.
Foi uma surpresa para mim saber que a Fiocruz inauguraria um Centro de Pesquisas em Salvador, e ainda mais saber que meu nome seria indicado para fazer parte do quadro da Fundação e para ser diretor do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz, função que exerci de 1989 até 1990.
Como descreveria a importância do CPqGM/Fiocruz para a saúde pública brasileira?
O Centro vem se afirmando cada vez mais como um núcleo de referência em pesquisa e também vem contribuindo progressivamente com grande quantidade de artigos para a ciência brasileira.
Qual a pesquisa mais recente que o LAPEX desenvolve?
Estamos tentando entender a importância dos vários tipos celulares residentes nos espaços porta, na formação da fibrose septal da capilaríase murina, num esforço para entender melhor a patogenia da fibrose hepática em geral. Também estamos interessados em saber como um fígado de camundongo, profundamente lesado pela esquistossomose, consegue se recuperar quase inteiramente após o tratamento específico da parasitose.
Como se mantém com esta jovialidade e com tanta disposição para trabalhar?
Aprender a tirar satisfação de suas atividades diárias mantém o indivíduo ativo, e contribui para tornar uma pessoa saudável e de bem com a vida.
Entrevista publicada em 13.08.2007 - Foto: CPqGMFundação Oswaldo Cruz - Coordenação Geral de Gestão de Pessoas
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