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O que há de mais importante na Fiocruz Adicionar o RSS

Foto: Luciana Figueiredo

Luciana Figueiredo

Professora de inglês da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Luciana Figueiredo atualmente divide seu tempo entre a sala de aula e a coordenação geral do curso técnico da unidade.

Qual a sua formação?
Me formei na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Letras português/inglês, em 1995. Depois, fiz uma especialização na Universidade do Estado do Rio de Janeiro em Ensino de Língua Inglesa e o mestrado em linguística aplicada. Minha dissertação foi justamente sobre o ensino de inglês na rede pública.

Quando você chegou à Fiocruz?
A Escola Politécnica foi a primeira escola onde trabalhei. Recém-formada,  nem sabia que a Fiocruz tinha uma escola técnica, mas uma professora da UFRJ me avisou que aqui estavam selecionando professores e vim para trabalhar como bolsista. Saí para atuar como professora de um curso de idiomas e voltei no concurso de 2006, agora já como servidora.

Como foi voltar à Fiocruz como servidora?
Em 1999, quando tive que tomar essa decisão, foi com pesar, porque eu me identificava muito com a escola, com o trabalho desenvolvido aqui. Eu também me sinto muito professora de escola. Só que, naquele momento, também achava que era uma formação importante trabalhar em um curso de idiomas. Além disso, havia a questão financeira e de vínculo de trabalho, já que eu era bolsista. Sempre tive o desejo, no entanto, de voltar à Escola. Quando, em fevereiro de 2006, vi no jornal que haveria concurso para a Fiocruz, pensei: “é o momento”. Foi aí que  me inscrevi. Fiquei muito feliz ao ser aprovada, pois já tinha o desejo de voltar para a escola. Eu tinha isso na minha memória, como um lugar importante para mim, em que gostaria de voltar a trabalhar.

Como é o seu trabalho?
Sou professora de inglês do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde e, no momento, também estou envolvida com a Coordenação Geral do Curso Técnico em Nível Médio, que divido com um colega.

Quais são os maiores desafios do seu trabalho?
Quando assumi a coordenação de curso, coloquei que não gostaria de me afastar da sala de aula. Entendo que estou em uma unidade em que não posso me dedicar exclusivamente à sala de aula porque a Escola tem outras demandas e eu, como servidora e profissional desta Escola, devo – e tenho o desejo mesmo – de dar conta disso. Só que o grande desafio para mim é conseguir conciliar com o ensino. Já em sala de aula, o desafio é como tornar minhas aulas interessantes para adolescentes que estão rodeados por muitos apelos. Então, como posso tornar minhas aulas, também para eles, interessantes, desafiadoras? Além disso, como posso desconstruir alguns conceitos que os alunos trazem? Porque eles já têm uma história de vida, já têm uma história de formação e, algumas vezes, conceitos arraigados. Por exemplo, eles dizem: “Tenho dificuldade em português, como é que vou aprender inglês?”, como se houvesse uma hierarquia entre as línguas. Então, essa é um exemplo de barreira que a gente tem que quebrar.

Você se lembra de alguma situação gratificante que viveu em seu trabalho?
Ao fm de cada trimestre fazemos uma reunião em que os alunos avaliam as aulas, a metodologia do professor, a proposta de trabalho. Uma turma de cerca de dez anos alunos que tenho disse que a forma com que dou aula faz com que eles gostem de estudar inglês. Isso, para mim, é um momento de reconhecimento do meu trabalho. Porque eu escolhi ser professora. Para mim, não foi uma segunda opção. E eu acho que os alunos, de certa forma, sentem, percebem isso. Tem uma expressão em inglês que diz assim: my cup of tea (minha xícara de chá). Essa expressão quer dizer o seguinte: é aquilo que eu gosto, é aquilo com que eu me identifico. Ensinar é my cup of tea.

Qual a importância do seu trabalho para a Fiocruz e para a sociedade?
A Fiocruz é uma instituição pública de nível nacional. Acho que minha concepção de compromisso com a Fundação passa pelo modo como eu, como servidora pública, promovo e potencializo a educação e a saúde públicas. E é esse compromisso com a educação e a saúde públicas que vai reverberar na sociedade da qual eu faço parte. Eu tenho plena consciência de que, com o meu trabalho, eu também estou colaborando para construir uma sociedade mais igualitária, já que meu ofício é formar pessoas também.

O que significa a Fiocruz para você?
Responsabilidade. É claro que é um lugar que me traz muito prestígio também. Afinal, quando a gente diz “trabalho na Fiocruz”, todo mundo logo pergunta: “você é servidora pública?”. Diante da resposta, vem a clássica questão: “municipal, estadual ou federal?”. “Ah, federal. De onde mesmo?”. Quando relembramos que é da Fiocruz, aí é que o “ah” fica maior ainda. Então, é uma instituição muito respeitada e de muito prestígio na sociedade. Por isso é que, para mim, a Fundação é o lugar da responsabilidade. Justamente por esse “ah” é que eu acho que a responsabilidade é ainda maior.
Entrevista publicada em 19.10.2011 - Foto: Peter Ilicciev

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