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O que há de mais importante na Fiocruz Adicionar o RSS

Foto: Renato Gama-Rosa

Renato Gama-Rosa

"Entre avenida e rodovia: a história da Avenida Brasil - 1906 - 1954". Este é o tema da tese de doutorado do arquiteto e urbanista Renato Gama-Rosa, que entrou para Fiocruz em 1987 como estagiário da Casa de Oswaldo Cruz - COC, centro de pesquisa, documentação e informação, dedicado à memória, à história das ciências biomédicas e da saúde pública e à educação e divulgação em ciência e saúde. O maior campus da Fiocruz fica na Avenida Brasil, altura do bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Qual é a sua "história" com a Fiocruz?

Eu trabalho na Fiocruz há 20 anos, completados em junho de 2007.  E desde sempre na COC e no Departamento de Patrimônio Histórico. Nestes anos todos, fui estagiário, bolsista, terceirizado e desde 2002, concursado.

 O que é a Fiocruz pra você?

A Fiocruz foi meu único emprego (que se expressava de diversas formas, é verdade, mas meu único emprego), e pretendo que seja até minha aposentadoria. A esta Instituição tenho dedicado minha formação intelectual, profissional e pessoal. Me sinto realmente parte dela. E não só por quê a conheço bem - afinal pesquisei a formação de seu campus em Manguinhos (desde sua origem até os dias de hoje) durante quatro anos, mas por que tenho que cuidar bem de seu patrimônio (afinal este é o meu trabalho).  

A COC tem um papel muito importante na preservação da história da Fundação. Qual a importância da preservação no contexto brasileiro?

Ao ser escolhido para falar de minha experiência, evidencia o quanto a COC e a Fiocruz têm valorizado este trabalho, dispondo de seu tempo e esforço na preservação deste patrimônio, que não é meu, nem apenas da Fundação, mas de todos os brasileiros e cidadãos do mundo. Mas, muito ainda tem de ser feito e este trabalho se revela uma batalha diária. O mais difícil tem sido convencer que este patrimônio não deve ser preservado apenas para os que usufruem dele agora, com todo o conforto e segurança da modernidade,  mas para que ele possa ser apreciado ainda por muitos e muitos anos.  

Pode nos contar alguma experiência significativa ou peculiar sobre a preservação na Fiocruz?

Recentemente estive em Buenos Aires representando a Fiocruz e o Ministério da Saúde no '2º Encuentro de Patrimônio Hospitalário'. E foi uma experiência muito gratificante. Foi ótimo mostrar o que minha Instituição tem feito nesta área a diversos colegas da América Latina (pesquisadores, historiadores, médicos e arquitetos do Paraguai, do México, do Chile e da própria Argentina). E este evento mostrou o quanto evoluiu o nosso próprio trabalho aqui no Departamento de Patrimônio Histórico: no início, nossa contratação foi para conservar e preservar o patrimônio arquitetônico de Manguinhos, que havia sido tombado em 1981. Esta experiência bem sucedida (com prêmios diversos de entidades como o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, o Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB-RJ e da Bienal de São Paulo, entre outros) nos credenciou a cuidar de todo o patrimônio arquitetônico histórico da Fiocruz, que hoje conta com as instalações do Palácio Itaboraí, em Petrópolis e as da antiga Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. De uns três anos para cá a nossa idéia é estudar para poder inventariar, valorizar e divulgar, todo o patrimônio pertencente não apenas ao Ministério da Saúde, mas de toda a saúde, produzido entre 1808 e 1958. Trabalho é o que não vai me faltar! Claro que não estou sozinho nessa. E o convívio com outros colegas de outras áreas também é um estímulo constante.  

E a preservação do nosso maior patrimônio que são as pessoas que trabalham na Fundação?

Hoje em dia tem se buscado valorizar outras expressões de patrimônio: o imaterial, o ambiental e o humano. Com certeza, os funcionários que dedicam seu suor a esta Instituição representam seu maior patrimônio.

Entrevista publicada em 25.06.2007 - Foto: Ana Limp (CCS)

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