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O que há de mais importante na Fiocruz Adicionar o RSS

Foto: Sérgio Luiz Bessa Luz

Sérgio Luiz Bessa Luz

Sérgio Luiz Bessa Luz está na Fiocruz desde 1987, quando ingressou no IOC como estagiário. Depois disso, foi bolsista, terceirizado e, por fim, aprovado no concurso público para a Fiocruz-amazônia (CPqLMD)no ano de 1998.

Há quanto tempo você está na Fiocruz?
Desde janeiro de 1987. Primeiro passando como estagiário por todas as possíveis e imaginárias modalidades de bolsas existentes até definitivamente passar no concurso público para Fiocruz em Manaus de 1998.

Em quais setores/unidades já trabalhou?
Antes de passar no concurso da Fiocruz-Amazônia trabalhei no IOC, Departamento de Entomologia, Laboratório de Transmissores de Hematozoários e no Laboratório de Simulídeos e Oncocercose. Também trabalhei dois anos no Museu de História Natural de Londres, na Divisão de Entomologia Médica - Grupo de Simulídeos e um período na Holanda, Universidade de Wageningen no Departamento de Entomologia.

Qual a sua formação?
Sou formado em Ciências Biológicas, mestrado na UFRRJ e doutorado na Fiocruz no IOC na Biologia Parasitária.

Que atividades desenvolve na Fiocruz Amazônia?
Sou pesquisador titular, porém já passei por cargos de gestão na unidade como a vice-direção e coordenação da área de pesquisa biológica que era chamada Biodiversidade em Saúde.  
A minha área de atuação é em pesquisas com vetores de doenças na Amazônia.
 
Você já teve a oportunidade de trabalhar com o Dr. Leonidas Deane, que hoje dá o nome à sua unidade. Como foi essa experiência?
Dr. Deane foi representante de uma geração de pesquisadores líderes muito importante para a Fiocruz. E eu tive a oportunidade e o privilégio de trabalhando no laboratório dirigido por ele ter sido testemunha desse capítulo da história da Fiocruz, do IOC e da Entomologia. 

Quando comecei a estagiar o Dr. Deane, além de ser um exemplo como pesquisador e líder já consolidado, assombrava pela riqueza de seu conhecimento geral em todos os campos das artes, história, etc. Reunia rigor e conhecimento científico com uma personalidade amável, de caráter e humildade fascinantes. 

Foi nessa atmosfera o começo de tudo, com a orientação direta do Dr. Ricardo Lourenço-de-Oliveira que tinha sido discípulo do Dr. Deane e assim sempre manteve e privilegiou essa linha dentro do laboratório. Nesse mesmo espaço ainda testemunhei a consolidação da carreira de pesquisadores e assim aprender muitas lições de vida que me acompanham até hoje. Posso afirmar que a combinação desses ingredientes foi uma experiência muito importante na minha formação. 
 
Na sua opinião, qual a importância e o que o ILMD pode representar para a população amazonense?
Essa é uma pergunta que eu faço todos os dias....  

O ILMD é uma Unidade muito nova, foi criada do zero, diferente dos outros Centros Regionais que praticamente assumiram a antiga estrutura tanto física como de recursos humanos do INERU. As instalações de hoje da Unidade em Manaus foram concluídas em 2002, e somente em 2006 com o último concurso é que alcançamos o total de 18 pesquisadores servidores. Esse número é bem menor do que alguns antigos departamentos do IOC possuíam em seus quadros. Hoje contamos com uma força de trabalho de 112 pessoas pulverizadas entre todos os cargos, sendo servidores, bolsistas e terceirizados.

Assim, não tenho dúvidas que a Fiocruz-Amazônia pode e ainda vai contribuir muito para a saúde da região através das pesquisas e na formação de recursos humanos. Do mesmo modo, é importante reconhecer que ainda temos um caminho a percorrer para consolidação da Unidade e assumir esse papel de importância para a população da região.


O que você acha da regionalização da Fiocruz?
Sem dúvidas que é um grande desafio dentro do contexto que está sendo colocada. Com a regionalização a Instituição assume cada vez mais um papel de destaque estratégico para o sistema de saúde do país. Penso que realmente a Fiocruz é a Instituição com esse aporte, corpo técnico qualificado, capacidade de penetração e, também, principalmente possui a coragem e audácia necessárias para enfrentar esse desafio.

Com experiência própria de quem viveu uma situação semelhante posso ressaltar que vejo hoje a Instituição mais madura para a viabilidade dos projetos de regionalização.
 
Como você avalia o intercâmbio entre as diferentes unidades da Fundação?
Eu avalio que pode melhorar.
Nós temos um espaço privilegiado de trabalho que é o bioma Amazônia com toda sua biodiversidade e sociodiversidade. Existe uma defasagem em comparação com as regiões mais “desenvolvidas” do Brasil em termos de qualificação de recursos humanos e produtividade científica. Na realidade eu gostaria muito que a Instituição pudesse enxergar que essa defasagem pode ser transformada em privilégio para a Instituição e assim a Unidade da Amazônia pudesse ser vista não apenas pelo que ela pode oferecer e sim pelo seu potencial de desenvolvimento e de indução. 

Esse é um exemplo de como o intercâmbio entre as diferentes Unidades é vital principalmente vendo a regionalização acontecer. 

O que representa a Fiocruz para você?
Constantemente passava em frente na Avenida Brasil ou pela Leopoldo Bulhões e sempre perguntava ao meu pai o que era aquilo.... um Castelo envolto a um terreno cheio de árvores? Ele explicava que era um lugar de estudos e que tinha uma biblioteca linda que ele conhecia e que qualquer dia ia me levar junto. Assim a Fiocruz desde a minha infância era como ir ao mundo do desconhecido e da aventura.
Hoje faz parte e representa minha vida. Foi aqui que nasci e cresci profissionalmente e foi aqui que tive todas as oportunidades profissionais que hoje representam minha identidade.
Entrevista publicada em 25.11.2009 - Foto: Aquivo Pessoal

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