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Foto: Luisa Massarani

Luisa Massarani

Luisa Massarani está na fiocruz há sete anos, todos dedicados ao trabalho no Museu da Vida, na coordenação do Núcleo de Estudos do museu. Em junho de 2009 foi eleita para o cargo de chefe do museu, cargo que exerce desde julho deste ano.

Há quanto tempo está na Fiocruz?
Entrei na Fiocruz no concurso de 2002, portanto, há 7 anos. 

Qual a sua formação?
Sou graduada em jornalismo, fiz mestrado no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e doutorado em Gestão Educação e Difusão Em Biociências no Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.

Já trabalhou em outros setores?
Não, sempre estive aqui no Museu da Vida, no Núcleo de Estudos do Museu. No dia 19 de junho fui eleita para chefe do Museu da vida, cargo que passarei a exercer a partir do dia 3 de julho.

Fale um pouco sobre as atividades do Museu da Vida.
O Museu é aberto para a visitação de escolas durante a semana, e nos finais de semana recebemos visitas do público em geral, famílias e grupos menores. Além deste trabalho, o Núcleo de Estudos, do qual eu faço parte, também desenvolve uma série de atividades no campo da divulgação científica. São atividades como simpósios anuais, trabalhos de pesquisa, projetos de apoio à prática dos divulgadores de ciência, entre outros. Neste ano estamos com a primeira turma de pós-graduação lato sensu, do Curso de Especialização em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde.

Quais atividades o Núcleo de Estudos do Museu da Vida vem desenvolvendo?
Nós atuamos em várias áreas. Temos desenvolvido estratégias para aperfeiçoar a prática de divulgação científica, realizando eventos anuais sobre as diferentes áreas – recentemente promovemos o fórum de museus e centros de ciência -  produzimos publicações voltadas para profissionais da divulgação científica e interessados. Também produzimos materiais voltados para o público em geral, como a cartilha sobre transgênicos, o jogo dos cheiros para crianças, a cartilha da doenças de chagas, entre outros. No ano de 2008 produzimos, em parceria com a Rádio MEC, o programa Electron, que é um bate-papo sobre temas de ciência e tecnologia com tempero de música e literatura. O nome do quadro, Electron, é uma homenagem a Roquete-Pinto, antropólogo que teve ativa participação na criação da primeira rádio brasileira, a Rádio Sociedade. Electron era a revista que trazia a programação da Rádio Sociedade. Como parte dessa parceria, nós também digitalizamos e organizamos todo o acervo dessa rádio, que está disponível no site www.fiocruz.br/radiosociedade . Aliás, todas essas publicações das quais eu falei estão disponíveis no site do Museu da Vida (www.museudavida.fiocruz.br ).

Recentemente você visitou museus de ciência nos Estados Unidos. Fale sobre esse trabalho.
Eu ganhei uma bolsa da fundação Eisenhower, para conhecer instituições de divulgação científica nos EUA. Eu passei 2 meses viajando pelo país, conhecendo museus e instituições buscando conhecer mais as atividades desenvolvidas. Eu queria saber como as instituições trabalham, o papel dos mediadores, como é feita a capacitação dos trabalhadores, entre outras coisas. O meu objetivo foi aprender como eles trabalham, fazer contatos, e buscar adaptar algumas das coisas que vi à nossa realidade. Foi um trabalho muito interessante, muito instigante.


Na sua opinião, qual a importância da divulgação cientifica atualmente?
A divulgação cientifica no Brasil é, antes de tudo, um meio de prestação de contas à sociedade sobre o que vem sendo desenvolvido nas instituições, em sua maioria instituições públicas.  Alem disso, buscamos mostrar a importância que a ciência tem na vida cotidiana das pessoas, mostrar que a ciência está presente o tempo todo, e não é algo distante. Outro papel que a divulgação científica cumpre é o de fazer com que a própria comunidade científica se preocupe mais com a sociedade, além de dar uma visão geral da ciência a todos os pesquisadores, para além da sua área de pesquisa.

Quais os principais desafios do seu trabalho?
Nós temos no Núcleo de Estudos uma equipe reduzida, de apenas 4 pessoas, mas que é muito eficiente na produção e captação de verbas. Acho que o desafio é produzir e atender a uma demanda que só faz crescer, pois a Divulgação Cientifica tem crescido muito no Brasil, e vai crescer ainda mais. Pessoalmente, vai ser um enorme desafio ser chefe do Museu, pois eu vou passar a coordenar uma equipe de 120 pessoas.
Entrevista publicada em 29.07.2009 - Foto: Arquivo Pessoal

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