Clarissa Maya Monteiro
Há 9 anos na Fundação, Clarissa Maya Monteiro, formada em medicina pela UFRJ, é pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC. Nesta entrevista, fala sobre seu trabalho e os principais desafios cotidianos.
Há quanto tempo você está na Fiocruz?
Entrei em 2000 como bolsista de pós doutorado e em 2006 passei no concurso, hoje sou servidora.
Qual a sua formação?
Sou formada em medicina pela UFRJ e tenho doutorado em bioquímica, também pela UFRJ.
Quais atividades você desenvolve no Laboratório de Imunofarmacologia?
Eu estudo a resposta inflamatória do metabolismo lipídico em leucócitos (glóbulos brancos do sangue). Trabalho com a relação entre a leptina, um hormônio responsável por inibir a fome, cuja ausência está relacionada à casos de obesidade, e a resposta inflamatória. Basicamente, estudo a relação entre doenças como a diabetes e a obesidade e a resposta inflamatória dos organismos das pessoas.
Fale um pouco sobre os principais desafios do seu trabalho.
Um dos grandes problemas que temos, além da falta de espaço no laboratório, é a dificuldade de importação de materiais para as pesquisas. É uma dificuldade comum a todos os laboratórios do Brasil, que faz com que o pesquisador tenha que se desviar da sua atividade principal para se ocupar de questões burocráticas, o que acaba atrasando as pesquisas. Outra questão é que, apesar da Fiocruz ser uma instituição de referência em todas as etapas da pesquisa, embora ainda tenhamos muito a evoluir na questão do espaço, do tamanho e da qualidade das nossas instalações.
Quais experiências mais significativas na Fundação você destacaria?
A Fiocruz é uma instituição que dá muito suporte aos trabalhadores, tem um grande respeito pelos pesquisadores. Apesar dos problemas que eu citei, o apoio que um pesquisador tem aqui na Fundação é bom, maior do que nas universidades, até mesmo pela questão financeira.
O que representa a Fiocruz para você?
É uma instituição de grande importância no cenário científico, pois aqui você tem desde a pesquisa básica até a aplicação de novas tecnologias, a produção de fármacos. Ainda acho que temos muito o que melhorar, mas estamos caminhando para isso.
Entrevista publicada em 23.07.2009 - Foto: Arquivo Pessoal