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Foto: Marilda de Souza Gonçalves

Marilda de Souza Gonçalves

Marilda está na Fiocruz desde 1994, quando iniciou suas atividades como pesquisadora visitante no Laboratório de Patologia e Biologia Molecular (LPBM) do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz (CPqGM), da Fiocruz-BA.

Qual a sua formação?
Sou farmacêutica bioquímica, tenho mestrado e doutorado em Ciências Biológicas, área de concentração em Genética e Biologia Molecular, com pós-doutorado em Bioquímica e Genética.
 
Quando chegou à Fiocruz?
Cheguei à Fiocruz em 1994. Quando voltei do meu doutorado, o doutor Mitermayer me convidou para colaborar, como pesquisadora visitante, na padronização de alguns métodos de Biologia Molecular no laboratório sob sua chefia, o LPBM. Logo após esse período foi aberto o edital para o concurso de pesquisador, o qual fiz e conquistei meu espaço no quadro de servidores da instituição.
 
Já atuou em outros lugares, além da Fiocruz? Se sim, conte-nos um pouco sobre sua trajetória.
Eu sou professora associada da UFBA. Comecei na UFBA em 1983, logo após o término do meu curso de Graduação, na mesma universidade. Então, desde 83 leciono na UFBA.
 
Conte-nos um pouco sobre seu trabalho.
Aqui na Fiocruz, eu trabalho com hemoglobinopatias, ou seja, doenças ocasionadas por defeitos na hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Sendo que a área mais forte do nosso grupo é a de realização de estudos em doença falciforme, principalmente a Anemia Falciforme, que é uma doença genética, que possui incidência elevada na população do estado da Bahia, com o nascimento de uma pessoa com a doença a cada 640 nascidos vivos.  A Bahia é o estado brasileiro que tem a maior prevalência da doença. Então, nós trabalhamos, principalmente, com esse grupo de pessoas.
 
Já realizou algum curso de capacitação pela Fiocruz?
Já fiz várias capacitações. Dentre elas, cursos de Biossegurança, porque já atuei na área e já fui presidente da comissão de Biossegurança do CPqGM, com participação na aquisição do CQB – Certificado de Qualidade de Biossegurança – e também, capacitações na área tecnológica e na parte de gestão. Realizei outros cursos de capacitação em Ética, pois fui presidente do Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos do CPqGM durante um período. Eu também realizei capacitações científicas, na área das pesquisas desenvolvidas pelo nosso grupo, a de doenças do sangue.


Se recorda de alguma situação gratificante que tenha vivido nesse período trabalhando aqui na Fundação?
Eu gosto muito do que faço. Então, acho que o trabalho em si é muito gratificante para mim. Trabalhar nessa área, com indivíduos que têm uma classe socioeconômica mais baixa e precisam de um cuidado especial, me propicia a oportunidade de ter retorno social nos trabalhos que desenvolvemos, além do científico e da formação de recursos humanos. Então, considero o trabalho que escolhi e desenvolvo na Fiocruz muito gratificante. A cada dia, a cada avanço que temos nas pesquisas, a cada aluno que auxilio na formação acadêmica, sinto-me cada vez mais gratificada. Recebo essas gratificações diariamente no meu trabalho e, por isso, gosto muito do que faço.
 
Quais os maiores desafios de seu trabalho?

Os maiores desafios que acredito vivenciar no meu ambiente de trabalho, os quais conseguimos vencer diariamente, são os de colocar as pesquisas próximo à população e transforma-las em benefício para esse grupo de pacientes. Os exames que realizamos no laboratório são entregues aos pacientes, colocados nos prontuários; a equipe médica trabalha junto com o nosso grupo e nos certificamos que os pacientes estão sempre se beneficiando. Por isso, acho que o desafio maior da pesquisa é esse: converter os dados de pesquisa em benefícios para os pacientes, ou em avanços tecnológicos, de maneira que possamos melhorar as pessoas e a área pela qual trabalhamos.
 
Sob a sua concepção, qual a importância dos seus serviços desenvolvidos no CPqGM?
Considero a área que atuamos de uma grande importância. Trabalhamos juntamente com o paciente, estamos também com uma disciplina multiprofissional na Universidade Federal da Bahia, onde trabalhamos com a comunidade do distrito Beirú-Cabula, no bairro de Tancredo Neves. A disciplina de Atividade Curricular em Campo (ACC) conta com a participação de alunos de diferentes cursos e possibilita que os profissionais tanto da saúde, como os de Educação, Antropologia, Psicologia, entre outros. Então, hoje estamos tentando mostrar que cada área tem um aspecto importante que deve ser trabalhado no atendimento à pessoa com doença falciforme.
 
O que significa a Fiocruz para você?

A Fiocruz significa a realização de muitos sonhos profissionais, já que aqui, consegui como pesquisadora, avançar bastante nas pesquisas que desenvolvemos no nosso grupo. Então, a Fundação representa uma aliada especial para a realização das nossas pesquisas e de muitos sonhos, traduzidos nas publicações, nos alunos formados e nos benefícios aos pacientes.

Como servidora pública, qual a importância do seu trabalho para a Fiocruz e a sociedade?
Como servidora pública, pesquisadora da Fiocruz e como profissional que desenvolve pesquisas de grande relevância na saúde pública, sinto que estou conseguindo realizar avanços na pesquisa e na melhoria da saúde e da qualidade de vida dessa população. Acho que fazer parte da Fiocruz, fazer parte do serviço público e fazer parte de uma equipe do Ministério da Saúde tem me proporcionado tudo o que descrevi anteriormente, me aproximando do meu conceito de ideal na pesquisa.

Entrevista publicada em 27.10.2011 - Foto: Comunicação CPqGM

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